quinta-feira, 27 de maio de 2010

Paaaaaaaaai, socorro!




Às vezes agimos como uma criança que vai a um hipermercado com o pai e se sente pronto e capaz de andar sozinho por aquele ambiente. Apesar de sempre ter ouvido que estaria seguro perto do pai, o menino se vê como independente e não enxerga problema em se desgrudar um pouquinho.

No começo tudo é novidade, quantos caminhos, corredores enormes prontos para serem explorados. Mas não demora muito para perceber que está perdido. Olha para todos os lados e percebe que apesar de tanta gente, está sozinho. Pergunta qual o caminho certo, mas a resposta o leva a um corredor ainda mais complicado. Então, descobre que não deveria ter se afastado do pai. E agora?

Um pouco adiante se vê novamente seduzido por tantos atrativos. E estavam todos ali expostos e disponíveis. A criança não consegue compreender que tudo aquilo, apesar de parecer acessível, tem um preço. E por não ter maturidade suficiente logo deseja o que não poderia: um lindo pote de vidro cheio de doces coloridos e aparentemente saborosos. Mas tem um problema. O pote não era pra ele e por isso estava no alto da prateleira. Mesmo assim, não pensa muito e se arrisca. Pronto, o inesperado acontece.

O enorme pote de vidro escorrega lá de cima e vai derrubando tudo pela frente. Não sobrou nada na prateleira e o pior, a sujeita estava por todo lado. De longe todos observam, mas ninguém ajuda. De repente surge alguém com olhar de fúria e logo aponta o dedo em direção a criança: “Você errou, não deveria ter feito isso.” “Você é um desastre”. “E agora você vai ter que pagar pelo seu erro”.

Assustado e se sentindo muito culpado, o menino sabe que jamais poderia pagar por tudo aquilo. Era um preço alto demais. Em meio ao choro, se arrepende de ter deixado o pai. Mas, movido pela esperança, solta um grito desesperado: “Paaaaaaaaai, socorro”.

O Pai sempre reconhece o choro e a voz do filho, mesmo que ele tenha se distanciado. E antes mesmo de ser acusado novamente, lá está o Protetor. Ele se coloca na frente do filho e encara o implacável e insensível acusador. Com voz de autoridade diz: “Eu pago a dívida do meu filho”.

Agora nada de se lembrar dos erros. A voz mansa e segura do Pai reforça o que um filho jamais poderia se esquecer: “Comigo você sempre estará seguro”.

Deus abençoe!!!!

quarta-feira, 26 de maio de 2010

Vinho novo em odre novo





O texto de que gostaria de tratar hoje encontra-se no Evangelho de Mateus. O versículo 17 do nono capítulo diz o seguinte: “Não se deita vinho novo em odres velhos, pois rompem-se os odres, entorna-se o vinho e os odres estragam-se. Mas deita-se vinho novo em odres novos e assim ambos se conservam”.
Nessa passagem, Jesus, falando por meio de parábola, traz um ensinamento aos seus ouvintes, acerca da mensagem da Nova Aliança. Comparando o sistema religioso tradicional a um odre velho, o Mestre chama a atenção para a necessidade de renovação (da maneira de pensar e agir com relação ao evangelho) para um encontro verdadeiro com Deus.

Vamos entender melhor o que Jesus quis dizer: o odre era um recipiente feito de couro, utilizado para o transporte e conservação de líquidos, mais comumente o vinho. Com o tempo e o manuseio, além de se desgastar e enrijecer, o couro ia cedendo até esticar-se ao máximo, não suportando a expansão do suco de uva fresco durante o processo de fermentação e rompendo-se. O vinho novo, portanto, deveria ser colocado em um odre novo.
O que Jesus queria dizer com essa figura é que as velhas estruturas, ou seja, as velhas fórmulas religiosas e os rituais do judaísmo rabínico e farisaico não poderiam conter a nova mensagem que ele trazia, nem haveria como ajustá-la a esses padrões tradicionais. Para compreender a essência de suas palavras e adquirir o conhecimento pleno de Deus era preciso uma completa mudança; caso contrário, a novidade do reino eterno e acessível, proposta em seu evangelho, seria desperdiçada.
Ainda na época de Jesus, houve quem aceitasse transformar-se em odre novo. O nono capítulo do Livro de Atos dá conta de um homem chamado Saulo, um fariseu, que teve um encontro pessoal e transformador com Cristo. Embora os fariseus constituíssem uma facção política extremamente apegada às tradições judaicas e chegando ao ponto de perseguir os que se haviam tornado cristãos, a voz de Jesus, perguntando: “Saulo, Saulo, por que me persegues?” (que precedeu uma forte luz que lhe aparecera quando estava a caminho de Damasco), dá início à maior experiência de entrega por que Saulo passaria e que o transforma no apóstolo Paulo, um dos grandes líderes da igreja primitiva.
Depois desse encontro com o Senhor, Paulo foi responsável pela redação de mais da metade do Novo Testamento, envolvendo a maior parte da revelação dos céus aos homens. Mas isso não teria sido possível se permanecesse um odre velho. Naquela condição, o amor e zelo que desejasse ou pudesse ter pelas pessoas não o aproximariam de Jesus. Foi somente quando ele abriu mão de tudo, e simplesmente por meio da fé — pois é assim que nos achegamos a Deus —, que começou a andar de modo verdadeiro com Jesus Cristo. E, dessa vez, suas palavras passaram a ser eficazes. Os seus sermões não eram mais baseados no conhecimento, mas na própria demonstração do poder: onde ele liberava a Palavra havia uma cura, um sinal, uma maravilha. Deus estava com ele.
Essa mudança também é possível nos dias atuais. Mas é preciso, de antemão, identificar quais sejam os odres velhos e, nesse caso, esta mensagem é um incentivo para tanto. Ela visa motivá-lo a avaliar a história da sua vida e questionar as tradições a que, por ventura, esteja apegado ou as escolhas realizadas por outros a seu respeito, no passado, e que o estejam influenciando no presente. Embora as filosofias religiosas produzam um grande suporte emocional, a verdadeira espiritualidade não se encontra na religião ou na instrução e no conhecimento, mas na realização divina no coração humano.
Certamente o caminho dos odres novos está em Jesus Cristo. Como mediador entre Deus e os homens, Jesus possui o vinho novo a ser derramado, a revelação fresca e transformadora do reino. Mas cabe a você abrir mão dos odres velhos, deixar as tradições e a herança das gerações passadas e decidir, por você mesmo, o seu caminho. Se der uma chance a Jesus, procurando conhecer a sua história, narrada na Bíblia, e confiando que ele é o Filho de Deus, isso pode estar mais perto do que você imagina. Afinal, o Pai tem um grande interesse na sua vida e não tardará a preencher todos os espaços (do odre) do seu ser.

Deus te abençoe!

terça-feira, 18 de maio de 2010

O fim da colheita

(Trechos do filme o fim da colheita)







"Buscai ao SENHOR enquanto se pode achar, invocai-o enquanto está perto.(Isaias 55:6)"

Deus te abençoe e abra os teus olhos para reconhecê-Lo como seu único Senhor e Salvador!!!!!

quarta-feira, 12 de maio de 2010

O que é já foi e o que será, também!


(Fala Pastor)


O texto da mensagem de hoje é bastante intrigante. Ele compõe o versículo 15 do terceiro capítulo do Livro de Eclesiastes e diz o seguinte: “O que é já foi, e o que há de ser também já foi; e Deus pede conta do que passou”. Esse texto desperta o nosso interesse porque, à primeira vista, parece não fazer sentido. Como poderiam as coisas futuras, assim como as passadas, já terem acontecido?

Um comentário de John Wesley sobre essa passagem (disponível no sítio de internet: //wesley.nnu.edu) expressa que as coisas passadas, presentes e futuras são estabelecidas por uma ordem constante em todas as partes e eras do universo. De acordo com Wesley, há um retorno contínuo no movimento dos corpos celestiais, das estações do ano e na sucessão das gerações de homens e animais, em que tudo ocorre com o mesmo padrão. Esse pensamento é complementado por Ray C. Stedman (www.raystedman.org), em sua afirmação de que, em decorrência disso, há a repetição das mesmas lições para todo ser humano.

Por isso a segunda parte do versículo: Deus requer de volta aquilo que já passou, ou seja, Deus faz o que já passou retornar e isso implica em darmos conta do que fazemos. Há que se pensar, por exemplo, que, se o movimento das coisas é cíclico e isso inclui os nossos erros, teremos os mesmos tipos de colheita do que plantamos até que produzamos frutos de qualidade. E supõe-se que ninguém deseja errar a vida toda.

De fato, esse versículo é um desafio à consciência e ao empenho em viver de modo a não repetir os mesmos erros; o que faz desta mensagem também um incentivo para tanto. Se vamos passar por testes, que busquemos a aprovação em todos, de modo a que a nossa estada na terra não seja em vão.

Primeiro, há que se pensar na efemeridade da existência. Deus estabeleceu o homem tendo como parâmetro a eternidade. Assim, comparada com ela, nossa passagem por este mundo é, no mínimo, breve e não devemos desperdiçá-la com coisas que nos trarão prejuízos.

É sabido, por exemplo, que os maiores danos a uma pessoa são causados pelos vícios (o alcoolismo, as drogas, o jogo, a pornografia, o consumismo), por uma saúde debilitada, por finanças mal-administradas e relacionamentos degenerados, que desarmonizam o convívio de lares, locais de trabalho, lazer e até mesmo igrejas.
E é preciso buscar com urgência a remissão do nosso tempo. É preciso aproveitar ao máximo as oportunidades de aprendizado e, principalmente, de prática dos ensinamentos de Cristo, certamente o modelo de procedência para todo ser humano. Não podemos nos esquecer dos termos eternos em que se dão os valores espirituais, nem da balança com que todos seremos medidos. Afinal, o futuro também já passou.

Que Deus o abençoe,