terça-feira, 19 de junho de 2007

Jovens, eu vos escrevi...

"Eu vos escrevi, meninos, porque conheceis o Pai. Eu vos escrevi, pais, porque conheceis aquele que é desde o princípio. Eu vos escrevi, jovens, porque sois fortes, e a palavra de Deus permanece em vós, e já vencestes o Maligno. Não ameis o mundo, nem o que há no mundo. Se alguém ama o mundo, o amor do Pai não está nele. Porque tudo o que há no mundo, a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida, não vem do Pai, mas sim do mundo. Ora, o mundo passa, e a sua concupiscência; mas aquele que faz a vontade de Deus, permanece para sempre.” (1Jo 2.14-17).
Num mundo globalizado como o nosso, as informações circulam com uma rapidez incrível. A comunicação se processa hoje de todos os meios, e os jovens têm acesso a tudo isso sem muito esforço. Não era assim na época de João, quando não existia jornal, revistas, rádio, televisão, telefone, computador, Internet, etc. Era somente utilizada a palavra falada e escrita (na forma de livros ou cartas). Apesar disto, o apóstolo teve bons motivos para escrever aos jovens, pois o mundo nos dias de João era tão atrativo quanto hoje.
I - A Verdadeira Fortaleza da Juventude vem de Deus
"Finalmente, fortalecei-vos no Senhor e na força do seu poder”. ( Ef 6.10).b) "Ele dá força ao cansado, e aumenta as forças ao que não tem nenhum vigor. Os jovens se cansarão e se fatigarão, e os mancebos cairão, mas os que esperam no Senhor renovarão as suas forças; subirão com asas como águias; correrão, e não se cansarão; andarão, e não se fatigarão." (Is 40.29-31).
II - A Palavra de Deus só permanece em nós quando dependemos do Espírito Santo:
"Mas o Ajudador, o Espírito Santo a quem o Pai enviará em meu nome, esse vos ensinará todas as coisas, e vos fará lembrar de tudo quanto eu vos tenho dito." (Jo 14.26). b) "Mas recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito Santo, e ser-me-eis testemunhas, tanto em Jerusalém, como em toda a Judéia e Samária, e até os confins da terra." (At 1.8).c) "E, tendo eles orado, tremeu o lugar em que estavam reunidos; e todos foram cheios do Espírito Santo, e anunciavam com intrepidez a palavra de Deus." (At 4.31).d) "Na verdade, entre os perfeitos falamos sabedoria, não porém a sabedoria deste mundo, nem dos príncipes deste mundo, que estão sendo reduzidos a nada; mas falamos a sabedoria de Deus em mistério, que esteve oculta, a qual Deus preordenou antes dos séculos para nossa glória; a qual nenhum dos príncipes deste mundo compreendeu; porque se a tivessem compreendido, não teriam crucificado o Senhor da glória. Mas, como está escrito: As coisas que olhos não viram, nem ouvidos ouviram, nem penetraram o coração do homem, são as que Deus preparou para os que o amam. Porque Deus no-las revelou pelo seu Espírito; pois o Espírito esquadrinha todas as coisas, mesmos as profundezas de Deus. Pois, qual dos homens entende as coisas do homem, senão o espírito do homem que nele está? assim também as coisas de Deus, ninguém as compreendeu, senão o Espírito de Deus. Ora, nós não temos recebido o espírito do mundo, mas sim o Espírito que provém de Deus, a fim de compreendermos as coisas que nos foram dadas gratuitamente por Deus; as quais também falamos, não com palavras ensinadas pela sabedoria humana, mas com palavras ensinadas pelo Espírito Santo, comparando coisas espirituais com espirituais. Ora, o homem natural não aceita as coisas do Espírito de Deus, porque para ele são loucura; e não pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente. Mas o que é espiritual discerne bem tudo, enquanto ele por ninguém é discernido. Pois, quem jamais conheceu a mente do Senhor,para que possa instruí-lo? Mas nós temos a mente de Cristo." (1Co 2.6-16).e) "Conserva o modelo das sãs palavras que de mim tens ouvido na fé e no amor que há em Cristo Jesus; guarda o bom depósito com o auxílio do Espírito Santo, que habita em nós." (2Tm 1.13-14).
III - Só Venceremos o Maligno se estivermos firmados em Cristo:
"... Para isto o Filho de Deus se manifestou: para destruir as obras do Diabo." (1Jo 3.8).b) "Finalmente, fortalecei-vos no Senhor e na força do seu poder. Revesti-vos de toda a armadura de Deus, para poderdes permanecer firmes contra as ciladas do Diabo; pois não é contra carne e sangue que temos que lutar, mas sim contra os principados, contra as potestades, conta os príncipes do mundo destas trevas, contra as hostes espirituais da iniqüidade nas regiões celestes." (Ef 6.10-12). c) "Sujeitai-vos, pois, a Deus; mas resisti ao Diabo, e ele fugirá de vós." (Tg 4.7).d) "Sede sóbrios, vigiai. O vosso adversário, o Diabo, anda em derredor, rugindo como leão, e procurando a quem possa tragar; ao qual resisti firmes na fé, sabendo que os mesmos sofrimentos estão-se cumprindo entre os vossos irmãos no mundo." (1Pe 5.8).
Embora na época de João não houvesse tanta facilidade para o processo de comunicação como hoje em dia, ele escreveu com os recursos disponíveis uma mensagem aos jovens que permanece até hoje; pois os atrativos que o mundo oferecia no passado eram tão fortes como os atrativos mundanos de hoje. E se quisermos ser vencedores, devemos ser fortes no Senhor, permanecer com a Palavra de Deus alicerçada em nós pelo Espírito Santo e permanentemente firmados em Cristo para resistirmos às ciladas do Maligno.
"O que o jovem pensa de Cristo hoje determina o destino de nossa nação amanhã" Thomas Jefferson

domingo, 10 de junho de 2007

Vc reconhece a voz de Jesus?

"Parou Jesus e disse: Chamai-o. Chamaram então o cego, dizendo-lhe: Tem bom ânimo; levanta-te, ele te chama." Marcos 10.49


Em nossos dias também existem incontáveis "cegos" que ouvem a voz de Jesus, mas não podem reconhecê-lO.
Desse grupo fazem parte as pessoas depressivas. Talvez você também não consiga reconhecer a Jesus, talvez sua visão esteja obscurecida, porque em você tudo são trevas.
A Bíblia já não fala mais ao seu coração como antigamente. Seu coração está tão pesado que você nem consegue mais orar direito. Saiba que, neste exato momento, Jesus de Nazaré passa por você. Aproveite agora esta oportunidade toda especial. Invoque-O como fez o cego! Se você não puder orar em voz alta, clame a Ele em seu coração: "Jesus, Filho de Davi, tem compaixão de mim!" Mesmo que você se encontre no meio de uma multidão de pessoas, Jesus ouve você.
O cego Bartimeu não se deixou influenciar pela multidão, e Jesus parou por sua causa. Jesus pára por sua causa se você clamar a Ele. O Senhor Jesus curou o cego imediatamente? Não. Primeiro Bartimeu teve que se aproximar bem de Jesus. E então Jesus abriu os olhos do cego? Ainda não, pois Jesus ainda exigiu a expressão da fé do cego. Bartimeu compreendeu isso e pediu: "Mestre, que eu torne a ver. Então Jesus lhe disse: Vai, a tua fé te salvou."
Jesus também deseja ouvir o que você espera dEle!

Deus abençoe!!!

sábado, 2 de junho de 2007

Os efeitos da cruz

O uso de um crucifixo seja no pescoço ou na parede, nenhum benefício trará para o ser humano. A redução dos objetos mencionados na bíblia à mera condição de amuletos é uma prática lamentável e inútil.
O que importa, de fato, é uma compreensão do real significado da cruz de Cristo, ou melhor, da sua morte e também de sua ressurreição e seus efeitos em nossas vidas, sem os quais seremos apenas adeptos de uma religião vazia. A mensagem da cruz, embora seja “escândalo para os judeus e loucura para os gregos”, é o centro do evangelho (ICo.1.18-25; 2.2; Gl.6.14). Precisamos compreendê-la da melhor forma possível, para não perdermos sua eficácia em nossa vida. Ainda que nossa compreensão não seja tão profunda, nossa fé consciente deve alcançar os benefícios do Calvário.
A morte de Jesus foi a execução da justiça de Deus sobre o pecado humano. Ele não merecia morrer, pois era inocente, mas foi exatamente por isso que sua morte teve valor eterno e absoluto diante de Deus.
No momento da nossa conversão, quando cremos na morte e ressurreição de Cristo como sendo a única alternativa para a nossa salvação e declaramos nossa aceitação de seu sacrifício, acontecem, no mundo espiritual, os seguintes fatos:
-Somos remidos – perdoados dos nossos pecados (Col.1.14). -Somos justificados – passamos a ser justos diante de Deus (Rm.3.24; 5.1). -Somos redimidos – comprados – passamos a ser servos de Deus, sua propriedade (Rm.3.24).-Somos reconciliados – passamos a ser amigos de Deus (Rm.5.10). -Somos adotados – passamos a ser filhos de Deus (Rm.8.16).
A salvação tem todos estes e mais alguns aspectos.
Sob o ponto de vista de Deus, tudo isso aconteceu quando Cristo morreu e ressuscitou e não agora, mas vamos analisar sob a nossa perspectiva experimental.
É como se um mendigo fosse tirado da sarjeta e tomasse um banho, ganhasse roupas novas, uma família, um nome e uma posição de honra. É exatamente o que acontece conosco quando cremos em Jesus e o recebemos como nosso único e suficiente salvador.
É de extrema urgência a necessidade de compreendermos cada uma das palavras supracitadas. Se não nos conscientizarmos de seu significado, corremos o risco de não assumirmos nossa nova posição espiritual, de modo que continuemos em nossos velhos trapos. É como se o mendigo ficasse satisfeito com um pedaço de pão e não se levantasse para receber todos os outros privilégios de sua nova condição.
A experiência da conversão, com base nos efeitos da cruz, é algo revolucionário no mundo espiritual. Talvez o próprio pecador não esteja bem a par do que lhe sucedeu. É como se o filho pródigo, voltando para o lar, insistisse naquela idéia de ser apenas um dos trabalhadores do pai, não querendo entrar na casa, nem vestir seus novos trajes, nem calçar suas sandálias, nem receber o anel representativo de sua posição de autoridade.
Afinal, ele não se sentia merecedor de coisa alguma, mesmo porque sua parte da herança já tinha sido ganha e desperdiçada.
Precisamos tomar posse do que Jesus fez por nós, de tudo aquilo que ele conquistou com o seu precioso sangue. Essa apropriação segue as seguintes etapas:
- Saber o que Jesus fez – pelo conhecimento da palavra. - Crer na eficácia do que Jesus fez.- Considerar-se participante, portanto, beneficiário da herança de Cristo.
É saber para crer e crer para viver. A palavra gera fé e a fé gera resultados. O que cremos determinará o nosso modo de vida.
Se somos filhos, somos herdeiros. É o argumento de Paulo, quando falava dos efeitos da obra de Cristo (Rm.8.17). Depois da limpeza, o que recebemos? Justiça (roupa) e autoridade (o anel).
O que Deus tem de melhor para alguém, ele o tem para mim. Este deve ser o pensamento de todo filho de Deus. Porém, este pensamento não pode ser contaminado pelo materialismo nem pela falsa teologia da prosperidade, alegando que o cristão deve ser financeiramente rico. Imagine um filho que só vê no relacionamento com o pai uma forma de ganhar presentes e dinheiro. Seria um relacionamento deturpado.
Deus pode nos dar todo o dinheiro do mundo, mas a obra de Cristo na cruz não tem nenhuma relação com este assunto. O que o Senhor quer é que nos conscientizemos de nossa riqueza espiritual. Riqueza material o ímpio também tem. No entanto, vive na miséria espiritual. O destaque do cristão, rico ou pobre, deve estar em seu caráter, em sua autoridade espiritual, na manifestação do poder de Deus em sua vida, na produção abundante do fruto do Espírito. O resto é secundário.
A experiência da conversão, incluindo justificação, remissão, redenção, adoção e reconciliação, é apenas o início da caminhada cristã. É o ponto de partida. Aí começa um processo chamado santificação. É um caminhar rumo à glória celestial.
ETAPAS DA SALVAÇÃO
CONVERSÃO (passado)
SANTIFICAÇÃO (presente)
GLORIFICAÇÃO (futuro)
Justificação
Crescimento espiritual
Redenção do corpo
Remissão
Renovação da mente
Entrada na glória celestial
Redenção
Deixar de fazer o mal

Adoção
Aprender a prática do bem

Reconciliação


Paulo, escrevendo aos romanos, disse que “todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus” (Rm.3.23). O evangelho tem por objetivo exatamente conduzir-nos de volta à glória. A santificação é este movimento rumo à glória (Heb.2.10).
Neste mundo, já temos um pequeno “adiantamento” do que será o gozo celestial. “Nos gloriamos na esperança da glória” (Rm.5.2). É uma expressão redundante, porém, interessante. É como a alegria de alguém que está se preparando para uma festa. É um regozijo por antecipação. Esta é a genuína alegria do cristão, sem a necessidade de causas aparentes ou circunstanciais.
Entretanto, esta esperança nos mostra que nossa glória não está neste mundo, como alguns gostariam. Não podemos voltar nossa fé apenas para objetivos físicos e materiais. É claro que podemos pedir muitas coisas ao Senhor, mas nosso foco deve ser espiritual, buscando saber e cumprir o propósito pelo qual o Pai ainda nos mantém neste mundo.
O caminho chamado santificação não é fácil. Ele inclui renúncia, tribulações, sofrimento (Rm.5.3). Não um sofrimento pelo pecado, mas para o nosso crescimento. Não devemos desanimar diante das aflições deste mundo (Jo.16.33). Lembremo-nos de que estamos a caminho da glória de Deus.
A glória celestial é indescritível. Primeiro, porque não sabemos como ela é; segundo, porque não está ao alcance da mente humana imaginar, supor ou prever o que será.
Na carta aos romanos, em todo tempo o autor tem em mente a questão da glória. Ele disse: “as aflições deste mundo presente não são para se comparar com a glória que em nós há de ser revelada” (Rm.8.18).
Jesus passou pela pior de todas as aflições ao ser morto de forma cruel. Três dias depois, ele ressuscitou, mas, antes que ele pudesse retornar definitivamente para a glória celestial, mais quarenta dias ainda se passaram. A trajetória do mestre também é a nossa, pois estamos seguindo os seus passos. Antes de entrarmos na glória, precisaremos ser aperfeiçoados neste mundo. Antes que os israelitas pudessem entrar em Canaã, precisaram andar no deserto durante 40 anos. É claro que Deus desejava que eles tivessem entrado mais rapidamente, mas é o ser humano que atrasa a concretização dos desejos de Deus em suas próprias vidas.
Depois que atravessarmos o nosso deserto neste mundo, entraremos pelos portões celestiais, sem medo, mas com ousadia, sabendo que o nosso acesso foi aberto por nosso Senhor Jesus Cristo, que foi adiante de nós preparar o nosso eterno lar.